Pensamentos e Poesias
Aqui estão escritos alguns pensamentos e poesias, criados por alguém que não é intelectual, por isso talvez, não tenha qualidades suficientes para satisfazer o seu tão precioso ‘’eu’’.
Você que é intelectual, não encontrará refugio dentro dos meus simples versos, pois eles não são fagulhas de uma intelectualidade.
Talvez sejam eles, reflexos de alguns momentos de sanidade de um poeta. Pois todo poeta é apaixonado e todo apaixonado é louco.
A amizade e a flor
A amizade dorme dentro da solidão e desperta na pureza de um simples olhar, tornando dois corações sensíveis e amigos eternamente.
A flor adormece com o escuro da noite e desperta com o brilho do dia, deixando suas pétalas abertas, para receber as caricias da brisa, que as tocam suavemente dando sentido a vida e tornando-se um ‘’elo’’, entre a paz e a beleza.
O pássaro e o poeta
Entre o pássaro e o poeta
Existe algo em comum
Expressar de forma discreta
Invadindo a privacidade de alguns
Juntos arranjam razoes par vida
Que às vezes ela não tem
São elas bastantes desconhecidas
Que parecem vindas do alem
O poeta descreve com sensibilidade
O que transcorre na mente do povo
Vomita romanticamente a realidade
Criando sempre um mundo novo
O pássaro procura dentro do infinito
Apenas liberdade, comida e água
Gorjeia livremente por extinto,
Destilando a alegria sem magoa
Um tão melodicamente canta
O outro suavemente declama
Os dois ao mundo encantam
Levando a paz a quem ama
São mensageiros do dia a dia
Mesmo estando mergulhados na tristeza
Traduzem a língua da harmonia
Extraído do intimo da natureza
Enquanto houver poeta e pássaro
O universo terá vida e magia
Viveremos todos nos, no entrelaço
Do amor, da musica, e da poesia
Pensamentos
Criticar é bom, saber o que esta criticando é bem melhor
Bobo é aquele que pensa que acertadamente conseguiu definir, com exatidão em poucas palavras o tão polemico e abstrato amor.
Pra que definir o amor, se entre bilhões de seres vivos, todos e ainda que sejam da mesma espécie, tem suas individualidades na hora de amar.
É preciso amar, para que possa entender as razoes do amo!
Se quiseres amar alguém, não feche os olhos!
O amor pode invadir qualquer coração entrando pelos olhos, sem pedir licença.
É quase impossível
É quase impossível dizer
O que sinto de verdade
Pois não vejo nada em você
Que assegura a minha tranquilidade
Tuas palavras soam leve
E voam-se como plumas ao vento
Por mais que eu observe
Confunde o meu pensamento
Tuas expressões são belas
Mas não traduzem sedução
Como posso crer nelas?
Se não lhes provem do coração
Quando tua boca balbucia
Algo no teu interior dorme
O conjunto não entra em sintonia
E o tom é sempre disforme
É preciso unir o corpo e a alma
Rasgar o véu sem pudor
Esfacelar de vez o trauma
E doar-se simplesmente por amor
Na primavera
É na época da primavera
Em que entra em cena a natureza
Demonstrando exatamente ser deveras
Um exemplo de pura beleza
Em cada galho há um botão
Querendo ser o primeiro a desabrochar
Tentando prenunciar a linda estação
Antes do raro beija-flor passar
Besouros e borboletas de varias cores
Sobem e desce a toda hora
Triangulando por entre as flores
Dando vida ao verde da flora
O sol e a chuva banham as florestas
A cada dia surge um novo esplendor
Os animais envaidecidos fazem festa
O tempo segui regido pelo amor
Mas o ciclo precisa se completar
Pois o homem ainda esta disperso
Ele tem que virar pássaro e cuidar
Deste ninho casualmente chamado universo
Pensamentos
Saiba que te amar, não é exclusivamente culpa do meu coração e sim dos meus olhos, que sabiamente a trouxe para dentro deles.
Os olhos são veículos que transportam passageiros do coração!
Se amar você for um castigo eu quero viver castigado eternamente.
É melhor amar e sofrer distante, do que viver sofrendo junto da pessoa amada!
Pra que amar? Se na busca do amor o sofrimento esta pontiagudo, como um espinho venenoso a sua espera!
Eu sofro por que não a tenho, mas me alegro por te amar
Se o amor corroesse o coração, o meu, já não mais existiria.
Amar
Amar é deixar fluir da alma
Um desejo, uma imaginação
É aceitar, buscar e ter calma
É não neutralizar o ímpeto do coração
Amar é fazer valer sua opinião
É sobreviver a muralha do preconceito
É não permitir intervenção
É alimentar vivo o sentimento no peito
Amar é doar-se com honestidade
É abrir as portas do seu interior
É viajar em busca da felicidade
É tentar viver um grande amor
Na praça
Um dia nesta linda praça
Fui atraído por um suave psiu
Virei um tanto meio sem graça
Fiquei encantado com quem surgiu
Sentir pulsar forte meu coração
Quando teus olhos fitaram os meus
Parecia o brotar de uma paixão
Expressão do sorriso teu
Caminhado tranquila a passos lentos
Cada segundo era como uma eternidade
Teus cabelos soltos ao vento
Aguçava o desejo e a ansiedade
Possuídos por uma dose saudade
Andamos juntos para nos encontrar
Nos abraçamos com imensa reprocidade
Deixando o destino pronunciar
Sem nos expor a riscos e perigos
Aceitamos a mais integra verdade
Brindamos com beijos de amigos
A real e tão grande amizade
Nossos dois cravos
Nossos dois cravos
São lindos e perfeitos
Dois botões raros
Que perfumam nosso leito
São dois presentes divinos
Que deus nos doou
São dois amores de meninos
Que a natureza nos proporcionou
Um é muito belo
O outro é majestoso
Formam um par singelo
Neste mundo maravilhoso
Um inspira a paz
O outro a alegria
Com eles a vida se refaz
De prazer e harmonia
A criança
Luz, esperança, progresso e verdade
São sinônimos de uma palavra conhecida
Que denomina no inicio da idade
Um ser desabrochando pra vida
Que ainda embora inocente
Já simboliza o futuro
Representando um sinal eloqüente
Dentro dos caminhos obscuros
Alguém pra quem o mundo dissera
Minhas portas estão abertas
Todas ansiosas a sua espera
Mas só uma é a certa
Tudo isso define a criança
O único e verdadeiro talismã
Que chora, canta e dança
Prenunciando um novo amanha
Portanto precisa de proteção
No seu longo período infantil
Para que não haja distorção
Aos significados que deus lhes atribuiu
No ar
No ar fresco da brisa
Sinto teu irresistível aroma
Meu eu alegre suaviza
E deixa a triste redoma
Nem o cárcere da distância
É suficiente pra te esconder
Teu cheiro tem a substancia
Que mim guia ate você
Teu doce e inconfundível perfume
Aromatiza suavemente toda flora
O verde a ele se une
Purificando os olhos de quem chora
Minhas lagrimas carregadas pelo vento
Vagueiam em sua direção
São fagulhas de um imenso sofrimento
Que sufoca terrivelmente um coração
Eu te beijo no pensamento
Minha alma ingenuamente te acaricia
Assim afogo meus tormentos
Nas águas douradas da utopia
Depois de sonhar pra viver
Não quero mais a realidade
Continuarei sentindo teu ser
Acreditando que isso é verdade
Morena perola
Simples, humilde e bela
Traz na alma a pureza
Semelhante a flor que é singela
Mas que perfuma a natureza
Gentil e discreta como a lua
Que tão sem vaidade
Expõe-se ao sol nua
Para refletir sua luminosidade
Mística, brilhante e serena
Com uma postura bem natural
Dona de uma pele morena
Que a torna mais sensual
Dotada de grande simpatia
Tens segredos no olhar
Dourada como a estrela guia
É uma perola difícil de encontrar
Poemas do Pensamento.
Na vida necessariamente é obrigado se pensar e repensar, pois é a partir do momento em que se planeja que se deve começar o investimento na busca de realizar o sonho desejado.
Os poemas do pensamento funcionam como planejamento dentro das perspectivas de qualquer ser humano normal, feito ao escritor ingênuo, apaixonado, sensível, sertanejo que pauta sua maneira de viver e escrever dentro das formas cotidianas do existir!
No mesmo galho!
Que eu possa ter seus lábios deslizando sobre os meus,
Que possamos extrair da vida o mel!
Que sejamos dois pássaros descansando no mesmo galho.
Descansadamente
O Pássaro
A Flor.
Se ao dormir aparecê - lhe em sonho, uma bela flor, tente prendê-la. Eu preciso dela, mas se ao acordar não encontrá -la, vá ate ao seu espelho e olhe fixamente para ele, a imagem refletida será a flor!
Virtuosamente
O Pássaro
As Estradas
As estradas da vida eram compridas, pareciam intermináveis, mas a partir do momento que eu te encontrei, elas tornaram pequenas, pois todas elas me levam ao seu encontro!
Definidamente
O Pássaro
A Tristeza
Se um dia a tristeza esfriar seu corpo, o coração e a alma, tal como o orvalho frio da madrugada, ao banhar as pétalas de uma linda rosa, lembre-se!
Eu sou o sol!
Calorosamente
O Pássaro
Te Amar?
Saiba que te amar, não é exclusivamente culpa do meu coração e sim dos meus olhos que sabiamente a trouxe para dentro dele?
Sabiamente
O Pássaro.
A Vontade!
A vontade faz da minha alma uma criança indefesa, tal como um beija-flor, que sofre ao vê a mais bela flor dentro de uma redoma inviolável.
Entre o sofrimento e a vontade.
O Pássaro.
A Cor Ideal!
Você que adora pintar, pinte os meus sonhos com á cor da felicidade, se ao misturar as tintas não conseguir encontrar a cor ideal, olhe para seus próprios olhos, neles você encontrara a cor dos meus sonhos.
Impetuosamente seu admirador
O Pássaro.
Seus Olhos!
Seus olhos são as luzes, que iluminam os caminhos do meu coração, dentro das trevas tristes da vida, agora eu posso afirmar que há uma estrela clareando os pontos escuros do meu destino.
Iluminadamente
O Pássaro.
Eternamente!
Se amar você for um castigo, eu quero viver castigado eternamente!
Prá sempre
O Pássaro.
A Amizade!
Que a amizade ramifique em nossas vidas!
Que a felicidade venha a galope ao nosso encontro!
Que o nosso desejo se já eterno enquanto dure!
Eternamente
O Pássaro
Amor Só!
O amor parece que gosta de viver só, pois nunca encontra seu par!
Separadamente
O Pássaro
Ao Seu encontro!
Voar ao seu encontro é algo que me faz feliz, pois as minhas asas não se cansam, quando o destino é chegar até você!
Incansavelmente
O Pássaro.
Escravos!
Os deuses sabiamente fizeram-nos escravos da mesma paixão!
Iludidamente
O Pássaro!
Espinho Venenoso!
Prá que amar?
Se na busca do amor, o sofrimento está pontiagudo, como um espinho venenoso a sua espera!
Complicadamente
O Pássaro!
Bobo!
Bobo é aquele que pensa que acertadamente conseguiu definir, com exatidão em poucas palavras o tão polêmico e abstrato “amor”.
Desconfiadamente
O Pássaro!
Seu Olhar!
Seu olhar é como uma flecha de paz, que ao flechá - me o peito, faz meu coração dormir no berço sereno da felicidade!
Tranquilamente
O Pássaro!
Sofrer Distante!
É melhor amar e sofrer distante, do que viver sofrendo junto da pessoa amada!
Decididamente
O Pássaro!
Trechos Sinuosos!
Se não fossem os trechos sinuosos do passado, retorcendo as retas do presente seria fácil seguir rumo ao futuro, mas, contudo, mesmo assim, ainda tenho forças para tentar atravessar o labirinto da tristeza na esperança de chegar ao doce “ castelo da alegria!”
Enfim te amo!!!
Declaradamente
O Pássaro!
Ao Habitat!
Uma noite ao dormir, deixei o doce e ingênuo labirinto do meu ser e fui á procura de algumas rosas, foi difícil encontrá-las, más também, foi fácil perceber que entre elas, havia uma especial, a quem meus olhos a elegeu dona do meu coração, foi um momento sublime e encantador, onde pude chegar ao êxtase dos meus desejos, depois voltei ao habitat da minha alma.
Acordei!
Foi apenas um sonho!
Entre a realidade e a utopia.
O Pássaro!
O Enigma!
Qual será o enigma de uma mulher, que boiando consegue dormir sobre as águas serena de qualquer lago?
será o mesmo mistério, que permite a uma flor, a capacidade de mesmo espaço de tempo, enfeitar um jardim, embalsamar suavemente o ar, simbolizar a ternura da vida e ainda purificar os olhos de quem vê-la?
Enigmaticamente.
O Pássaro!
Se Você!
Se você não fosse como um rio, que tem o destino preso ao mar. Eu tornaria meu coração livre, prá você se desaguar!
Sonhadoramente,
O Pássaro!
O Sol e Lua!
O sol e lua mesmo vivendo distante, se amam, prova disso e a fiel cumplicidade!
Um reflete a luz do outro!
Refletidamente,
O Pássaro!
Os Olhos!
Os olhos são veículos, que transportam passageiros ao coração!
Viajando,
O Pássaro.
Deusa e Súdito
Agora você e a deusa dos meus sonhos!
Eu, apenas seu humilde súdito!!!
Conformadamente,
O Pássaro!
O Amor!
Se o amor corroesse o coração, o meu já não mas existiria!
Conscientemente,
O Pássaro!
Não feche os olhos!
Se quiseres amar alguém não feche os olhos!
O amor pode invadir qualquer coração, entrando pelos olhos sem pedir licença.
Cegamente,
O Pássaro!
Saldo positivo!
Felizmente somos o saldo positivo de uma guerra que não deveria nem ter começado!
Salvamente,
O Pássaro!
Por Te!
Eu sofro porque não a tenho, mas alegro-me por te amar!
Apaixonadamente,
O Pássaro.
Cenário Perfeito!
Hoje este cenário está completo, pois você é a única flor que faltava para deixá-lo perfeito!
Acertadamente,
O Pássaro!
O Amor!
O amor pode dormir, segundos, minutos,horas, dias, semanas, meses, anos, décadas e até mesmo um século, mas se acordar nem um laço o segura!
Laçadamente,
O Pássaro!
A beleza da Rosa!
Do que valeria a beleza de uma rosa se não houvesse olhos para vê-la?
Qual a sua idéia, por tido pressuposto do que aquilo que não é visto, morre as fixado dentro do anonimato?
Cordialmente,
O Pássaro!
Uma estrela!
Ser uma estrela é muito fácil, difícil e conseguir não deixar seu brilho ofuscar.
E isso você consegue!
Encantadamente,
O Pássaro!
O amor!
O amor é como um leão cansado pode adormecer profundamente, mas quando acordar, torná-se poderoso e invencível.
Invensivelmente,
O Pássaro!
Casa Fechada.
Esta casa fechada é como um céu em noite de escuro!
Não se vê o brilho da estrela?
Tristemente.
O Pássaro.
Vencer!
Vencer é um desejo próprio de cada um.
Realizar é um sonho comum entre todos.
A vitória uma conquista de poucos, apenas daqueles que fazem por merecê-la!
Conscientemente,
O Pássaro!
Razoes do Amor!
É preciso amar para que possa entender as razoes do amor!
Sofredoramente,
O Pássaro!
Hora de amar!
Prá que definir o amor, se entre bilhões de seres vivos, todos e ainda que sejam da mesma espécie, tem suas individualidades na hora de amar!
Individualmente,
O Pássaro!
Manter viva a tradição de um povo,
É fincar no solo da cultura, a semente da própria existência!
O pássaro
Seja bem vindo, ao nosso cotidiano templo das vaquejadas. Aqui, tudo está ligado ao universo camponês. Mas, antes de entrar, faça uma singela mudança, deixe penduradas suas roupas no cabide erudito, pegue ao lado no gancho da simplicidade as vestias humildes que simbolizam os vaqueiros, aproveitem ao máximo os encantos e as magias da doce vida sertaneja.
O pássaro
O Vaqueiro e poeta
Entre o vaqueiro e poeta
Há uma verdadeira sintonia
São dois grandes profetas
Do universo da sabedoria
Os dois lado a lado
Fazem previsões religiosas e profanas
O vaqueiro da lida do galo
E o poeta da vida humana
O vaqueiro antever os segredos
Do templo que rege o mundo animal
O poeta prever sem medo
Do romântico ao social
O vaqueiro desempenha o papel
De um nobre cientista
O poeta o de um menestrel
Do reino dos romancistas
O vaqueiro tem categoria
Expressa sua linguagem aboiando
O poeta detém filosofia
Externa sua mensagem declamando
O vaqueiro carrega a boiada
Pelos verdes caminhos da natureza
O poeta conduz as palavras entrelaçadas
Pelos claros rumos da singeleza
São duas estátuas polidas
Em meio à beleza campestre
Por entre a flora da vida
Eles vagueiam como as aves silvestres!
O pássaro
Um Grande Cidadão
Neste momento irei homenagear,
Um grande cidadão
Homem simples e decente
Aqui da nossa região
Firme em sua trajetória
Com pulso forte desde menino
Escreveu a sua história
Sobre as linhas do destino
Foi bom pai bom conselheiro
Pra tudo ele tinha uma solução
Se fosse pra ajudar ele era o primeiro
Em que qualquer situação
Guardava a amizade,
Como seu exemplo de vida
Porque sabia que a maldade
Abre no peito uma grande ferida
Muitas vezes se expôs ao perigo
Para cumprir várias sentenças
Era amigo dos amigos
E respeitava as diferenças
Desempenhou alguns trabalhos,
Por este chão brasileiro
Cavalgou por todos os atalhos
Mas se realizou como vaqueiro
Agradava aos companheiros,
Aboiava com perfeição
Prendia boi mandingueiro
E levava burro bravo ao mourão
Corrigia pastagens e bebidas
Tratava do gado com carinho
Enfrentava vaca parida,
Pra cuidar do bezerrinho
Cuidava bem do rebanho
Era um vaqueiro perito
Por não ser grande no tamanho
O apelidaram de Pequenito
O tempo foi cruel e apressado
O laçou, com o laço da idade.
E tudo ficou no passado
Só restando às saudades
Saudades dos aboios e repentes
Saudades dos amigos e parentes
Saudades dos arreios e do gado
Saudades do corisco e do trovão
Saudades da chuva na terra
Saudades do pasto verde no chão
Saudades de tudo que é bonito
Estas são as saudades
Do vaqueiro Pequenito.
O pássaro
Eu vou descortinar o passado
Para trazê-lo ao presente
Quero colocar lado-a-lado
Alguns vaqueiros competentes
Homens do tipo Genuíno,
Merecedores do reino da glória.
Senhores do próprio destino
Cada um fez sua história
O grande vaqueiro Dedinho
Homem sem tirar nem pôr
Adomava animal sozinho
Foi bom pai e melhor avô
O lendário Zé Cambito
Vaqueiro de boa tradição
Animava com seus gritos
Todas as festas da região
O nosso herói Pequenito
Merecia ser capa de revista
Criador dos versos mais bonitos
Foi vaqueiro e repentista
O tão querido João
Este ninguém pode explicar
Foi vaqueiro por opção
Mas, cedo com Deus foi morar.
Deixaram aqui na terra,
Montaria, laço e chapéu
Mas, como a natureza não erra
Eles ganharam a corte do céu
Este esquadrão de vaqueiros
Não adotavam covardia
Hoje, são quatro guerreiros
Servindo o pai e a Virgem Maria
São representantes da vaqueirama
Na luta pela soberania
São mais quatro vaqueiros de fama
Representando Lençóis e a Bahia!
O pássaro
Apontar o Dedo
Apontar o dedo para alguém
Isto muito gente faz
Mas, admitir os defeitos que tem
Com certeza não é capaz
Acima do bem e o do mal
Se colocar prá julgar
Ainda se acha super-racional
Na arte de absorver ou condenar
Tem gente que aprende tática
Pra invadir privacidade
Mas, esconde toda problemática
Que ronda sua própria realidade
Fecha os olhos ao redor
Não vê o emaranhado que está
Quando o mal pior
Mora dentro do seu habitat
Tem gente que na mocidade
Cometeu todo tipo de tolice
Depois comete a atrocidade
De querer ser santo na velhice
Esquece que seu passado
Condena seu presente
E que seu futuro será ferrado
Com as marcas dos erros antecedentes
Tem gente da língua ferina
Que adora fuxicar
Anda sempre na surdina
Procurando alguém para entregar
Esquece que falar da vida alheia
É pecado sem perdão
Merece ir morar na cadeia
Pra conviver com a solidão!
O pássaro
A morte do Vaqueiro
O ciclo completou
Ele perdeu a guerra
Deus lhe arrebatou
Aqui desta terra
Uma grande cortina sombria
Cobriu ímpeto e lampejo
A noite chegou fria
A aurora rompeu sem alvejo
A manhã pousou semi nua
Surgiu um fusco arrebol
Apareceu chorosa a lua
Compadecida com o sol
Nada mais se fez saliente
A emoção brotou ferida
A fazenda ficou diferente
Tudo passou a ter nova vida
A fonte cheia,
Correu mansa e sonora
Os peixes nadaram rentes a areia
Com vontade de irem embora
Galos, nambus e coquis,
Não marcaram às seis horas
Nem soluçou a juriti
Quando o sol foi embora
Cachorro, cavalo e gado,
Ficaram totalmente entristecidos
Não repicaram mais o dobrado
Do latido, do relinchado e do mugido.
Chocalhos soaram tristes como sinos
Arrancando acordes da tristeza
Homens, mulheres e meninos,
Choraram juntos com a natureza
Anunciando que um guerreiro partia
A chapada entrou em desespero
Lençóis parou naquele dia
Com a morte do vaqueiro.
O pássaro
Homenagem
Os lençoenses grupos de cavalgada
Tem qualidades e valores
Portanto, vou descrevê-los em rimas politizadas.
Como fazem os grandes trovadores
O grupo admiradores da montaria
Tem imensa plenitude
É uma nova galeria
Dos sonhos da juventude
O grupo união dos amigos
Tem os arreios da lealdade
Corre no prado perigo
Montado na amizade
O grupo nas Rédeas da Imaginação
Representa as estrelas do firmamento
É a mais ímpar expressão
Das luzes do pensamento
O grupo Amigos do Berrante
Escraviza coração
Por onde passa é marcante
Faz tremer o chão
O grupo Chapéu de Couro
Venceu a fase da fantasia
Escreveu com tinta de ouro
O nome no universo da garantia
O grupo Galope não bambeia
Tem postura no proceder
Todo galopeiro traz na veia
A vontade de crescer
O grupo Bridões de Ouro
Tem carisma e tradição
É mais um valioso tesouro
Da nossa população
O grupo vaqueiros literários,
É do berço da poesia.
Aborda no seu vocabulário
Uma nova ideologia!
O pássaro
Amazonas
As amazonas lençoenses
Já deram ponto de partida
Agora convidam as outras chapadenses
Para adentrarem a porteira da vida
Cavalgarem sobre o tapete da liberdade
Transporem os caminhos obscuros
Buscando a própria realidade
Sem ter medo do futuro
Elas pedem que o povo deixe
Conquistarem direitos igualitários
Provarem que mulher não é peixe
E que homem não é aquário.
O pássaro
Mulher Ruim
O charme dela é demais
Faz qualquer macho delirá
Com seu jeito sagás
Faz vaqueiro desmantelar
Ela tem os olhos morteiros
Conquista pelo o olhar
Com um sorriso matreiro
Faz caubói se apaixonar
Ela não age com o coração
Faz tudo bem racional
Na arte de brincar com emoção
Ela é muito mais fenomenal
Desconhece qualquer tipo de conversa
Não se deixa enganar
Não adianta fazer promessa
Nem chorar e nem rezar
Ela nasceu pra pisar em homem
Com ela o negócio é assim
Portanto, não poderia ter outro nome.
Que não fosse mulher ruim
O pássaro
A evolução
Meu povo preste atenção
Que agora vou contar
Um pouco da evolução
Aqui deste lugar
Quando eu nasci
A sorte também nasceu
Parece que por mim
O Pau-de colher reviveu
Escola chegou de verdade
Com professores formados
Começou uma nova realidade
Neste paraíso encantado
Desta data por diante
O povo investiu em melhoria
Plantaram roça na vazante
Prá complementar a pescaria
Trabalhando de forma produtiva
Começou sobrar alguns trocados
Com a produção ativa
E a venda do peixe pescado
Com a pastagem preparada
Ainda ficou melhor
Deram inicio a outra jornada
Pra renda ficar maior
Compraram vacas paridas
Para o leite vender
Não faltou mais comida
Nem dinheiro pra viver
Prá caroar, a eletricidade chegou.
Cobriu de luz a região
Do poço artesiano brotou
Água doce do chão!
Pra findar minha narração
Quero agradecer a Deus
Esta foi a grande evolução
E a realização dos sonhos meus!
O pássaro
Cinco Amigos, Cinco Cruzes!
Ponha nas mãos as rédeas
Para frear seu coração
Que vou narrar uma tragédia
Aqui da nossa região.
No povoado de Tanquinho
Num sábado á tardinha
O destino descarrilou sozinho
Como um trem que sai da linha.
Cinco homens de verdade
Cumpridores do dever
Sofreram a maior brutalidade
Que na vida poderia acontecer.
Depois de executarem os trabalhos
Quando tudo parecia felicidade
Sem rodeios e sem atalhos
Surgiu a tal fatalidade.
Atraídos por uma festa de vaqueiros
Lá em Nova Redenção
Seguiram juntos os companheiros
Na mais completa animação.
Em alguns instantes acabou,
Toda aquela alegria.
Cada sonho se transformou,
Em pesadelo e agora.
Numa curva da estrada,
Estava escondida a maldição.
Eles levaram uma navalhada
Do fundo de um caminhão.
O carro foi cortado
O teto caiu sobre a pista.
Parecia ter sido decepado.
Pelo fogo de um chapista
Por mais incrível que pareça
Vocês podem acreditar
Machucaram pescoços e cabeças
E ninguém saiu do seu lugar
Morreram todos ali juntinhos
Ainda na flor da mocidade
Assim foram embora os mocinhos.
Cinco amigos de verdade.
Houve dor, lamentos e piedade,
As famílias entraram em desespero
Multilados pela perversidade
Desse golpe traiçoeiro
Foi grande o alvoroço
Fez Tanquinho se abalar
Colocaram juntos os moços
Ate na hora de velar.
Levaram para o cemitério
Os caixões enfileirados
Usaram este critério
Para não deixá-los separados.
Pois o forte laço de união,
Era algo admirável.
Finalizaram na mesma situação
Tornando este “elo” inquebrável
Naquele trecho mora a saudade
Daqueles anjos de luzes
Como prova da amizade
Dormem abraçadas as cinco cruzes!
O Pássaro
O Roceiro
O roceiro de verdade,
Sabe afagar a terra.
Tem por dote a simplicidade
Por que a natureza não erra.
Os grandes sonhos e esperanças,
São regados pela chuva que cai
Numa pensa em mudanças
Por que da roça ele não sai.
Acredita ter um bom destino
Da vida até a morte
Aprende desde menino
A esperar pela sorte
Finca no solo sua raiz
Toma por mãe a natureza
Sente-se realizado e feliz
Sim os parâmetros da riqueza
A vida é extremamente ligada
A um pedaço de chão.
Se um dia for desvinculada
Morre de tristeza o cidadão
A cidade não tem atrativos
Com tamanha grandeza e esplendor
Que possa suplantar os objetivos
De um verdadeiro lavrador.
Portanto, cada um com seu valor
A verdade mora acima da mentira
Pois nem mesmo um grande amor
É capaz de mudar um caipira.
O Pássaro
As saudades de um vaqueiro!
Saudades do frescor da madrugada,
E do sol nascente.
Saudades cheiro da boiada
E do grito estridente
Saudades do verde da mataria
E do touro errante
Saudades do mugir da vacaria
E do toque do berrante
Saudades do som do badalo
E das encostas do morro
Saudades do relinchar do cavalo
E do latido do cachorro
Saudades do relâmpago e do trovão
E da chuva na terra
Saudades do pasto no chão
E das águas brotando na serra.
Saudades do vigor da idade
E do pássaro cancioneiro
Saudades de tudo da mocidade
E da perigosa vida de vaqueiro!
O Pássaro
Vida de leiteiro
Canta o galo imitando a cauã
O vento transmite feito o fono
São três horas da manhã
O corpo ainda está preso ao sono
Parece dizer aos ouvidos
Se faz preciso levantar
Meu cachorro também dá um latido
Querendo suavemente me avisar
Embrenho-me nos braços do meu amor
Embora a lida vá começar
O sangue entra em fervor
Com vontade de ficar
Sob o calor e sobre a cama
Prevalece o dever e a obrigação
Pois, por mais que se ama
Tem que ter opinião
Faço o sinal da santa cruz
A Deus pedindo proteção
Imploro também a Jesus
Toda a sua compaixão
Deixo a velha morada
E monto no meu animal
Sigo chamando a vacada
Pra porteira do curral
Demonstrando ensinamento e obediência
Ela responde dentro da pastaria
Usando o poder da experiência
Logo, arrebanho a vacaria
Um a um vou soltando a bezerrada
Sob a luz de um candeeiro
Libero vaca por vaca ordenhada
Antes do sol raiar no tabuleiro
Sentindo o frescor da aurora
A alegria me invade por inteiro
Amanhã na mesma hora
Voltarei a minha vida de leiteiro.
O pássaro
Filho da Simplicidade
Seja bem vindo, ao nosso espaço literário. Pode adentrá-lo, basta deixar aí fora, a casaca do rancor, o véu da inveja, o lenço e gravata do mau humor. Aqui você será embalado pelas magias literárias, acariciado pelo vento manso e doce emitido pelas veias fantasiosas do simplório poeta.
Reflexo da vida.
O Pássaro
O Belo Pau-de-colher
O Belo Pau- de- Colher
Liga Andaraí a Lençóis
As vezes perguntam de quem é
Digo, é terra de todos nós
Este rico patrimônio,
Se compõe de matas e Marimbus
É banhado pelos rios Utinga e Santo Antonio
E embelezado pelos coqueiros de urubus
Dono de um cenário exuberante,
Onde a vida nasce tranquilamente franca
Tem como seu ícone marcante
A linda e frenética garça branca
Aquaticamente ele também lidera
O ranking em peixe e vegetação
Hoje na Chapada é a maior esfera
Em espécie nativa da região
Mas este local no entanto
Já foi crucificado
Por ser um longínquo recanto
Onde ele fica situado
Por culpa do difícil acesso
Tudo lá era diferente
Mas, com esta administração o progresso
Está chegando passo a passo felizmente
O Pássaro
Venha nos visitar
Venha sem medo nos visitar
Será um imenso prazer para nós
Te-los conosco a passear
Por esta cidade histórica chamada lençóis
Este cantinho da chapada
Talvez seja a mais bela literatura
Tem uma natureza privilegiada
E é berço de cultura
Recanto das lavras diamantina
Onde você vai encontrar
Raras belezas divinas
Que o homem não saberia criar
Rico chão onde alguns coronéis
Escreveram duramente suas histórias
Também vestimentas, jóias e anéis
Marcaram uma época de glória
Período do apogeu do diamante
Marcado por muito dinheiro e meretriz
Onde a alto-socialite pedante
Só importava moda de paris
No campo da intelectualidade
Destacam-se nomes soltos
Mas presos a imortalidade
Já temos Urbano Duarte e Afrânio Peixoto
Do passado para atualidade
Pairou num verdadeiro sincretismo
Depois fixou-se de verdade
No plano eixo do turismo
Criou uma nova identidade
Mudou todo contexto vital
Deu as mãos a outra realidade
E hoje é patrimônio nacional
O pássaro
Prá que
Prá que fantasiar a vida
Se na verdade eu já suponho
Que restará a mim, apenas uma ferida
Ou o coração perdido em sonho.
Pra que fugir da realidade
Quando ninguém vive de utopia
Se o que vale é a dignidade
Não adianta sorrir com hipocrisia
Pra que enfeitar de palhaço
Sabendo que não animara a plateia
Se o homem prá assumir seu espaço
Basta ter discernimento nas suas ideias
Pra que flutuar sobre a ilusão
Tendo certeza que dela cairá
Quando o óbvio for trilhar no chão
É burrice pretender voar
Pra que alimentar com o pão
E não saciar com vinho
Se no jogo do amor ou da paixão
É um grande suicídio jogar sozinho
Prá que buscar tanto uma flor
Quando ela almeja outro jardim
Se mundo quem erra no amor
Pagará sempre até o “fim”
O Pássaro
Símbolo do Progresso
Escute meu coleguinha
O que tenho prá falar
A leitura é uma canoinha
Que nos levam a qualquer lugar
Ler é o remo,
Que faz a canoa deslocar.
Lendo você chega ao extremo
E onde mais desejar.
Portanto, desde cedo,
Precisamos aprender remar.
Descobrir este belo segredo,
E com ela viajar.
Rumo ao porto da esperança
Sobre as águas do sucesso.
Provando que a criança,
Ainda é, símbolo do progresso!
O Pássaro
Na escola
A criança é um ser sociável
Portanto, depende da sociabilidade
Por isso, todo e qualquer responsável
Deve obrigatoriamente, inseri-la na sociedade.
Aquele que detiver a tutela,
Dos destinos de uma criança.
Tem que fazer tudo por ela,
Mantendo vivas suas esperanças
Direcioná-la como convém
Usando a bússola do aprendizado
Magneticamente agulhando para o bem,
Desviando do errado.
Ajudá-la a construir seus conceitos,
Entre a ética e a moral.
Pontilhando seus deveres e direitos,
Dentro do âmbito social.
Prepará-la pára voar,
Como um pássaro que decola.
Mas que, na hora de pousar
O primeiro pouso, seja na escola!
O Pássaro
O Amor
O amor é um sentimento profundo,
Que faz a vida, tornar-se bela.
Anda solto pelo mundo,
Atacando este, aquele ou aquela.
Não adianta dele fugir,
Pois, não tem explicação.
Ele vai, onde você ir,
E agarra teu coração.
Chorar ou sorrir,
Não faz diferença.
Aceitar ou proibir,
Não importa a sentença.
Não precisa fazer rodeio
Nem atirar-se com fervor
Pois, rico, pobre, branco, preto, bonito ou feio
Todos terão um grande amor.
O Pássaro
Quem é esta mulher?
Quem é esta mulher?
Que revela tanto amor.
Sorrir com a felicidade
E sorrindo enfrenta a angustia e a dor.
Quem é esta mulher?
Que se expõe a qualquer perigo
Enquanto uns lhe jogam pedras,
Ela lhe estende a Mao
E o defende de tudo...
É mais forte que uma leoa
E mais frágil que uma película
Ela é tão boa
Que chega a ficar ridícula...
Quem é esta mulher?
Tão verdadeira,
Tão misteriosa
Não precisa dizer quem é.
Ela está acima da alegria e dor
Tem qualidades indefinidas
É o retrato vivo do amor.
Ela é mãe, caminho e vida!
O Pássaro
Twister
Deus salve o Furacão
Time de raça e tradição
Uma família, uma nação.
O orgulho da na geração
O preferido da massa
Na quadra, na rua, na praça
Por onde ele passa.
Ele arrasa, ameaça, mostra sua graça.
Twister, Twister, Twister.
É o nosso grito de guerra
Twister, Twister, Twister.
O povo grita e não erra.
Twister, Twister, Twister.
Esse nome inspira emoção
Me leva alem da razão
Causa delírio, fogo e tesão
É sonho, é desejo, é paixão
Twister, Twister, Twister.
Tu és a maior explosão
O canto frenético da multidão
A voz ecoando do coração
A certeza de ser campeão!
Twister,Twister, Twister.
Minha paixão!
O Pássaro
Vontade de Você
Vontade de você
Mesmo distante
Preciso te vê
Sinto-me perdido
Sozinho esmorecido
A vagar
Neste universo
Ponho-me a pensar
Uma grande dor
Faz-me chorar
O coração sangrar
A alma penar
Veja no escuro
A luz brilhar
Meus olhos brilham
Você aparece
Neste momento
Tudo acontece
Meu eu renasce
Unem-se duas faces
Acaba a tristeza
Surge a alegria
É você! É você!
Não é utopia!
É verdadeiramente você!
O Pássaro
Fúria do Amor
Um encontro premeditado
Com requintes de sedução
Tudo bem planejado
Dentro das normas da paixão
Abraços abrem o momento
Os corpos unem-se de fato
Beijos e caricias atiçam o acasalamento
O tesão desencadeia o ato
O desejo mútuo vagueia
Fazendo com que a razão desapareça
O libido literalmente incendeia
O controle foge da cabeça
Brota o clima da relação
Os afagos aumentam mais
Calorosamente entram em fricção
Os indispensáveis órgãos genitais.
Soltando sussurros enfurecidos
Um fala! O outro também!
Deixando ecoar gemidos
Num gostoso vai e vem
Completamente nus,
Aproveitando por inteiro.
Quebrando alguns tabus
Alcançando orgasmos maneiros
A durabilidade da ereção
Permite de um a oito
Ambos tendo ejaculação
No êxtase do coito
Descobrindo simultaneamente os segredos
Usando todos os arfícios
Reversando pênis, língua e dedos
Concluindo plenamente o oficio
Tomados os corpos, pelo prazer
Diz a fêmea em furor
Haja vagina e alma prá conter
A fúria do seu amor!
O Pássaro
Saudades
Quem não tem saudades São João?
Do forró de pé de serra
Do estouro do rojão
Do arrasta pé na terra
Da roupa de chita
Da lenha da fogueira
Do lindo laço de fita
Das doces brincadeiras
Do animado sanfoneiro
Do barbante enfeitando de balão
Do ritmo maneiro
Das danças brejeiras do sertão
Da cultura de um povo
Daquilo que faz feliz
Onde o velho fica novo
Saudade da sua própria raiz!
O Pássaro
A Natureza
Eu amo a natureza,
Como já tenho dito.
Neste santuário de beleza,
Tenho fé e acredito.
Manto verde por Deus bordado,
Com fios de ouro e prata.
Universo muito bem representado,
Pela cor das nossas matas.
Habitat de diversidades campestres,
Palco de riquezas minerais.
Cravejado de vidas silvestres.
Incrustado de mistérios divinais.
Centro de divindades espirituais,
Templo da fauna e da flora.
Berço dos encantados animais,
Onde vivem o saci, a sereia e o caipora.
Paraíso que fascina,
Católicos, protestantes e ateus.
Talvez seja a maior doutrina,
Que liga o homem ao nosso Deus!
O Pássaro
Lençóis e Turismo
Lençóis de luxo e arrojo no passado,
Berço raro de beleza divina.
Um Oasis por Deus criado,
Dentro da chapada diamantina.
Solo firme de riqueza exuberante,
Almejado pelos grandes aventureiros.
Suas pedras preciosas, carbonatos e diamantes,
Despertaram a cobiça dos sonhadores garimpeiros.
Barracos cobertos de toldos brancos,
Deram nome a esta fantástica cidade.
Matas, serras, rios, cachoeiras, grutas e barrancos,
Prenunciavam um futuro de verdade.
A exploração continua de caráter perverso,
Veio ratificar que homem sempre erra.
Que perdido no seu complexo universo,
Destrói cegamente a própria terra.
Eis que tudo chega ao fim,
Nasce a ideológica consciência conservadora.
Morrem os velhos preceitos ruins
Ganham vidas as novas leis protetoras!
Viver agora, só de outra maneira,
O período é de extrema transição.
Renasce da estante cinza garimpeira,
O glorioso minério da evolução.
Denominado mundialmente de turismo,
Fonte viva geradora de dinheiro.
Que flui num ritmo galopante poderosíssimo
Mudando os tradicionais costumes por inteiro.
Embora seja a alavanca do progresso,
Também tem sua parte destruidora.
Pois drogas, sexo e doenças estão em acesso,
De maneira vulgar e comprometedora.
São duas fases diferentes da historia,
Entretanto lucrativas, em termos de evolução.
Cada uma predominando sua gloria,
Mas com forte fiasco de podridão.
O poder público precisa jogar limpo,
Observar o embalo do desenvolvimento.
Averiguar a caótica situação do garimpo,
E apoiar seriamente a questão do tombamento.
Buscar o ponto Maximo da consagração,
Trazer de volta ao povo o dinamismo.
Tentar conciliar no bem sem destruição,
Lençóis, garimpo e o poderoso Turismo.
O Pássaro
Igual a Natureza
Eu queria ser igual á natureza,
Que oferece sempre algo novo.
Demonstrando cada dia uma proeza,
Aos olhos críticos do povo.
Que absorve o gás carbônico,
Da terra ao mais alto cânion
E num gesto bem harmônico,
Libera o puro oxigênio.
Que faz as águas dos rios,
E também dos riachos.
Percorrem por lugares sombrios,
Direcionadas para baixo.
Águas que correrem como se fossem,
Cumprirem uma missão programada.
Para deixá-las de serem doces,
E transformarem em salgadas.
Que dá ao pássaro cantador,
O direito de reger a sua orquestra.
Que acolhe do bem-ti- vi ao condor,
No seio da sua floresta.
Que tem a brisa mansa,
Capaz de embalar as ondas do pensamento.
Levando ao endereço da esperança,
Mensagem de amor e sofrimento.
Que tenta fortificar o laço da amizade,
Desde os tempos de outrora.
Tentando unir para eternidade,
O homem a fauna e a flora.
O Pássaro
O balão
Não há nada mais lindo,
Do que se vê um balão.
Os olhos ficam sorrindo,
Delirando de paixão.
Símbolo de festa junina,
Que atravessa geração.
É um espelho que fascina,
Refletindo a antiga tradição.
Tradição um tanto renovada,
Com carinho, estudo e eficiência.
Originando uma ideologia temperada,
Com um belo toque de consciência.
O balão que subia ao espaço sideral,
Unindo se as estrelas do bem.
Também propagava o mal,
Hoje é algo que não convém.
O fogo que o levava lá para cima,
Era o mesmo que incendiava aqui embaixo.
Transformando matas em ruínas,
Por conta daquele maldito iluminado facho.
Balão só apagado no ar,
Entre bandeirolas pendurado no barbante.
Quere vê-lo aceso a voar,
Isto é coisa pra ignorante.
O que traduz alegria,
Não pode se transformar em tristeza.
O se humano tem que da garantia,
A vida a tradição e a natureza.
O Pássaro
Universo requintado
Eu quero aprender,
A leitura de mundo.
Desejo obter.
Um aprendizado profundo.
Eu quero escrever,
Com lápis e caneta.
E depois ler,
O entrelaçamento das letras.
Eu quero traduzir,
Com desembaraço.
Tudo que escrevi,
Arrebatando meu espaço.
Eu quero interagir,
Neste mundo globalizado.
Sonhar e construir,
Um universo requintado.
O Pássaro)
Adeptos da psicopatia
Nascido ser humano,
Normal e capaz.
Semelhança do soberano,
Criado na paz.
Certamente como convém,
Dentro da naturalidade.
Homem de bem,
Fincado na religiosidade.
Um indivíduo perfeito,
Até ser profissional.
Antes do direito,
A farda infernal.
Vestia do mal,
Representação da impunidade.
Manto brutal,
Transformador de personalidade.
Modificado pela lã,
E seus adereços.
Cordeiro virou satã.
Demonstrando o avesso.
Sofrido lavagem cerebral,
Preparado para humilhar.
Fora do natural,
Deseja apenas sacrificar.
Executa o oficio,
Obedecendo a cartilha.
Quanto mais sacrifício,
Aprova a matilha.
Quem era senhor,
Dos desprotegidos.
Agora é opressor,
Dos mais oprimidos.
Doutrinado numa facção,
Pautada pela hierarquia.
Obrigado a missão,
Adeptos da psicopatia.
O Pássaro
Leitura Padrão
Quase todos os dias,
Vou me banhar.
Com muita alegria
Sempre a cantar.
No belo lago,
Dos lindos igapós.
Lá tenho os afagos,
Das garças e socós.
Mergulho entre as piabas,
Sem levar anzóis.
Elas dão risadas,
Dos meus caracóis.
Depois de banhada,
Preparo minhas asas.
Dou aquela perfumada,
E saio de casa.
Sigo contente,
Levando a recheada sacola.
Um pouquinho á frente,
Chego a minha escola.
Ai volta a mergulhar,
No lago da educação.
Agora para pescar,
A desejada leitura padrão.
O Pássaro
O Carnaval da ecologia!
Lá no meio da floresta
Mora um lindo jacaré
Todo dia ele faz festa
Dentro do seu igarapé
A bela sucuri,
Rebola,rebola no salão.
A rã dança e sorrir,
O sapo canta o sambão.
A iara festeira,
Samba com alegria.
Dura a semana inteira,
O carnaval da ecologia.
O Pássaro
Pedido de um Peixinho!
Oh! Mãe natureza,
Escuta este peixinho.
Peço com delicadeza,
Proteja seu filhinho.
Eu estou nadando,
Em lama fedida.
Meu rio está secando,
Sem água não tem vida.
O Pássaro
Súplica De Um Rio
Impotente perante a evolução
Humildemente eu suplico ao homem
Um pouquinho da sua proteção
Para preservar o meu nome
Peso que tenha compaixão
Da minha mata siliar
Pois o desmatamento é o vilão
Que me faz secar
Preciso perpetuar minha existência
Correndo ininterruptamente ao mar
E com muita benevolência
Alimentar vidas, e vida ganhar
Quero sentir a cada estação
Dosadamente calor e frio
Permanecer vivo, sem depredação
É a súplica de um rio
O Pássaro
A criança
Luz, esperança, progresso e verdade
São sinônimos de uma palavra conhecida
Que denomina no inicio da idade
Um ser desabrochando prá vida
Que ainda embora inocente
Já simboliza o futuro
Representando um sinal eloqüente
Dentro dos caminhos obscuros.
Alguém prá quem o mundo dissera
Minhas portas estão abertas
Todas ansiosa a sua espera
Mas só uma é a certa
Tudo isso define a criança
O único e verdadeiro talismã
Que chora, canta e dança
Prenunciando um novo amanhã
Portanto precisa de proteção
No seu longo período infantil
Para que não haja distorção
Os significados que Deus lhes atribuiu.
O Pássaro
É quase impossível
É quase impossível dizer
O que sinto de verdade
Pois não vejo nada em você
Que assegura a minha tranqüilidade
Tuas palavras soam leve
E voam-se como plumas ao vento
Por mais que eu observe
Confunde o meu pensamento
Tuas expressões são belas
Mas não traduzem sedução
Como posso crer nelas?
Se não lhes provém do coração
Quando tua boca balbucia
Algo no teu interior dorme
O conjunto não entra em sintonia
E o tom é sempre disforme
É preciso unir o corpo a alma
Rasgar o véu sem pudor
Esfacelar de vez o trauma
E doar-se simplesmente por amor.
O Pássaro
Engolidos
É maravilhoso sentir teus seios
Deslizar sobre o meu peito
Saciar teus famintos anseios
Com ou sem direito
Nós dois totalmente unidos
Transformando língua em pincel
Pincelando carinhosamente os ouvidos
Extraindo da vida o mel
Nossos lábios suavemente grudados
Expressam a linguagem do desejo
Declarando-se mais apaixonados
Do que no primeiro beijo
Com os corpos completamente entrelaçados
Vivemos uma incontrolável sensação
Resgatando algo dentro do passado
Desafiando a tão conceituada razão
Impulsionados pela força do pensamento
Alcançamos o êxtase com tesão
Aproveitando intensamente cada momento
Unindo um ao outro coração
Perdidos na floresta do prazer
Dormimos despido sem cobertor
Eu introduzido no teu ser
Engolidos pelo bicho do amor.
O Pássaro
Fim de tarde
O sol vai fugindo sutilmente
Apagando o brilhantismo do dia
A noite vem despontado serenamente
Espalhando a negra melancolia
Eu triste, cansado e sozinho
Sinto-me perdido na solidão
Sentado no meu amigo cantinho
Observando o mundo, pelo ângulo da razão
Vejo surgir lá no céu
Uma lua de luz bem prateada
Vestida no mais sublime véu
Linda, como uma deusa encantada.
Sem querer desvendar mistério
Deixo seu brilho me invadir
Aceitando a vida e seus critérios
Volto novamente a sorrir
Encontrando o caminho da realidade
A paz renasce em mim
Tudo passa a ser verdade
E a tarde chega-se ao “FIM”
O Pássaro
Lençóis
Lençóis minha nobre terra
Tu és encanto e fascínio da chapada
Tens beleza nas tuas serras
Doçura nas tuas águas jorradas
O deslumbrar das orquídeas e corredeiras
Nomeia-te princesa da região
Tuas lindas grutas e cachoeiras
São sinônimos da palavra perfeição
Teu cenário é vivo e natural
Palco divino e encantador
Onde nem o simples é artificial
Tudo é obra do senhor.
Tu és pura, sublime e exuberante
Nasceste num manto de prosperidade
Viveste a ascensão do diamante
Hoje renasce num turismo de verdade.
Ascendendo uma nova chama
Dentro de um progresso racional
Abrindo as porta para fama
Galgando de vez um espaço mundial.
O Pássaro
Na primavera
É na época da primavera
Em que entra em cena a natureza
Demonstrando exatamente ser deveras
Um exemplo de pura beleza
Em cada galho há um botão
Querendo ser o primeiro a desabrochar
Tentando prenunciar a linda estação
Antes do raro beija-flor passar
Besouros e borboletas de várias cores
Sobem e descem a toda hora
Triangulando por entre as flores
Dando vida ao verde da flora
O sol e a chuva banham as florestas
A cada dia surge um novo esplendor
Os animais envaidecidos fazem festa
O tempo segue regido pelo amor
Mas o ciclo precisa se completar
Pois o homem ainda esta disperso
Ele tem que virá pássaro e cuidar
Deste ninho casualmente chamado universo.
O Pássaro
No ar
No ar fresco da brisa
Sinto teu irresistível aroma
Meu eu alegre suaviza
E deixa a triste redoma
Nem o cárcere da distancia
É suficiente prá te esconder
Teu cheiro tem a substância
Que me guia até você
Teu doce e inconfundível perfume
Aromatiza suavemente toda flora
O verde a ele se une
Purificando os olhos de quem chora
Minhas lágrimas carregadas pelo vento
Vagueiam em sua direção
São fagulhas de um imenso sofrimento
Que sufoca terrivelmente um coração
Eu te beijo no pensamento
Minha alma ingenuamente te acaricia
Assim afogo meus tormentos
Nas águas douradas da utopia
Depois de sonhar prá viver
Não quero mais a realidade
Continuarei sentindo teu ser
Acreditando que isto é felicidade.
O Pássaro
Pela felicidade
Sinto-me um cravo sozinho
Perdido num jardim sem flores
Triste, isolado sem carinho
Distante dos meus amores
Estarrecido pelo medo
De ser eternamente solitário
Ou estagnar muito cedo
Virando peixe em aquário
Preso no cárcere da tristeza
Viro o drama da agonia
Deitado no berço da incerteza
Sob o manto da ironia
No palco da solidão
Interpreto a personagem da saudade
No universo da ilusão
Sou eu a única verdade
Escravizado pela própria vida
A Deus imploro a alegria
Que ela seja-me concedida
Como a carta de alforria
Sou mais um prisioneiro
Que sonha com a liberdade
Quero chegar entre os primeiros
Na corrida pela felicidade.
O Pássaro
Reviver
Vou mergulhar do lado contrário do presente
Para que eu possa sair no passado
Tentando reviver tudo novamente
Deixando escrito o que foi apagado
Folheando o livro da memória
Encontrei páginas marcadas
Havia indícios de uma bela história
Com palavras soltas e quase apagadas
Com a tinta da lembrança
Quero cobrir as letras da imaginação
Trazendo de volta a esperança
Que estava adormecida dentro da recordação
Preso na essência do que passou
Deixo escrito nas linhas do coração
O tempo trouxe no presente o amor
E um futuro ligado a vida e a razão.
O Pássaro
Desafios
Seja bem vindo ao nosso cantinho lúdico, aqui o lado sério da vida, fragiliza um pouco a seriedade, sem perder a dignidade e dá espaço ao divertido. Tornando-se um “elo” da corrente que entrelaça o homem ao menino e o menino ao homem, sem prejuízo a moral, a ética, de forma que o tempo seja embalado pelo próprio tempo.
Se ao adentrar, o nosso mágico labirinto das brincadeiras, você não se encontrar, volte a porta de entrada, lá tem um transformador chuveiro, tome um belo banho, limpe a sujeira da mente, deixe que as águas a leve em destino contrario ao seu, retorne de alma e coração renovados, tenha certeza que o menino e o homem ou o homem e o menino darão as mãos, de mãos dadas, escreverão a palavra “paz”, rascunhada de dentro de você, seus olhos verão que o mundo serio pode ser divertido e que o divertido pode ser serio, um esta contido no outro naturalmente!
O Pássaro.
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